Apresentar um panorama dos avanços da integração entre entes federativos no país, em termos de governança climática, foi o objetivo do painel que reuniu autoridades de seis estados, em evento no Pavilhão Brasil, durante a 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28), em Dubai. Os números são positivos e mostram os avanços do trabalho conjunto. São 17 compromissos assinados, 59% das unidades com plano de redução de emissões e 92% dos estados já implementaram ferramentas para controlar o desmatamento. O Estado de São Paulo conta com políticas avançadas para zerar as emissões de gases de efeito estufa, justamente pela capilaridade da estratégia adotada. “Temos feito um trabalho estruturante junto aos municípios na elaboração dos seus planos de controle de emissões, juntamente com a implementação do plano estadual", explicou o subsecretário de Meio Ambiente, Jônatas Trindade, e um dos palestrantes, na mesa organizada pela Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente (Abema). A combinação de estratégias complementares foi apontada, também, como fator impulsionador desse avanço, que contempla a redução de emissões em conjunto com a resiliência climática. "Temos um mapeamento de áreas de risco, que é uma das interfaces do nosso Zoneamento Econômico Ecológico. Além disso, São Paulo conta, ainda, com o programa Municípios Resilientes, e desenvolvemos um portfólio de iniciativas de descarbonização com foco em plantio em massa em todo o estado", descreveu o subsecretário. Nesse campo, outros números apresentados no painel comprovam o ganho da atuação coordenada. Além de 25% dos estados brasileiros já estarem em estágio avançado na implementação de políticas ambientais resilientes, 88% já apresentam metas de redução das emissões de gases de efeito estufa, e outros 60% têm ações em andamento voltadas para a descarbonização da indústria. As iniciativas não caminham apenas com foco no ambiente, mas agregam a preocupação com as populações que dele dependem. "Atuamos num eixo estruturante de Infraestrutura e Logística, com um eixo transversal voltado para equidade e justiça climática; o principal foco de atuação está nas populações mais vulneráveis, também engajadas nesse processo", acrescentou Jônatas. "A articulação entre estados nesse sentido faz toda a diferença. Estamos alinhados, também, com o Governo Federal, entendendo as ações e atuando juntos", completou. O Painel “Governança Multinível para o Fortalecimento da Integração Climática Nacional” contou com representantes de Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e Espírito Santo.
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