Melhorar a qualidade de vida da população, aumentar a eficiência econômica, gerar emprego e promover o desenvolvimento sustentável. Tudo isso é consequência de investimento em infraestrutura, com a construção e expansão de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos, geração e transmissão de energia elétrica, saneamento básico, telecomunicações, obras nas áreas da saúde e educação, entre outros. Nesse cenário, um agente fundamental é o mercado de captais. Por meio dele, é possível captar recursos para que essas obras saiam do papel e possam fazer a economia girar.
A captação desses recursos por grandes investidores se dá por meio de diferentes instrumentos financeiros, como debêntures incentivadas de infraestrutura – que são isentas de imposto de renda -, fundos de investimento em infraestrutura, emissão de títulos de dívida e participação em projetos de Parceria Público-Privada (PPP).
O Rio Grande do Norte tem um grande potencial para a captação de investimentos na área de energias renováveis. Um exemplo disso é o Complexo Eólico Anemus, da 2W, que fica localizado na região do Seridó. Em 2021, a empresa emitiu R$ 475 milhões em debêntures verdes, que são títulos de renda fixa utilizados para realizar a captação de recursos com o objetivo de implantar ou refinanciar projetos e compra de ativos. A intenção desse tipo de investimento é trazer soluções financeiras sustentáveis na região.
Com a emissão das debêntures, foi concluído o aporte de recursos para a construção do parque eólico, com 33 aerogeradores e capacidade instalada de 138,6 MW. A primeira etapa do projeto entrou em operação em outubro do ano passado. “Esse investimento só foi possível graças ao mercado de capitais, que fez a ponte entre os investidores e os empreendedores, tornando o ambiente saudável e sustentável. E isso já trouxe vários benefícios para a região, como a geração de empregos”, explicou o Conselheiro Independente do Mercado de Capitais, Paulo Henrique.
Ele faz parte do time da Delta Flow Investimentos, um escritório especializado nesse tipo de negócio que está presente em Natal. “Assessoramos profissionalmente as empresas e projetos de infraestrutura, principalmente na região Sudeste, com foco no interior de São Paulo, na capital paulista, no Norte e no Nordeste. O objetivo é captar recursos para obras de infraestrutura via mercado de capitais. Apresentamos esses projetos em Road Show em São Paulo dentro de um formato que atende tanto o projeto do empreendedor, quanto quem está emprestando, no Brasil e fora do Brasil. Existe um apetite extremamente relevante por esse tipo de negócio aqui e no exterior”, completou Paulo.
“Somos um time de sócios com ampla experiência dentro das principais instituições do mercado financeiro e nosso desejo sempre foi desmistificar e aproximar o mercado de capitais do Norte e Nordeste para trazer eficiência e sofisticação, tornando as captações de investimentos das empresas mais saudáveis, com alongamento dessas dívidas. Outra grande vantagem é que nossa matriz está localizada no coração do mercado de capitais, em São Paulo, no Alphaville, facilitando os investimentos na originação desses grandes projetos”, detalhou o economista e estrategista patrimonial Felipe Bruno, da Delta Flow Investimentos.
O escritório é credenciado ao BTG Pactual, principal e maior banco de investimentos da América Latina, atuando em capital privado dentro e fora do Brasil. A instituição é responsável pelas estratégias de Private Equity, Infraestrutura, Investimentos de Impacto e Venture Capital das principais negociações dessa natureza no mercado. “Hoje, as grandes negociações no Brasil passam pelo BTG Pactual, e os grandes fundos internacionais e investidores estrangeiros o tem como referência no aconselhamento dessas operações por ser um banco que conhece o Brasil profundamente”, detalhou o economista.