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Atividade física reduz em 36% a chance de mulheres sofrerem parada cardíaca fatal

Mulheres com rotina entre 150 e 300 minutos de exercício também têm menos AVC e menor risco de sofrer qualquer evento cardiovascular

26/07/2024 às 18h51
Por: adrovando Fonte: Andressa Aricieri
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 Atividade física reduz em 36% a chance de mulheres sofrerem parada cardíaca fatal

A doença cardiovascular é a principal causa de morbidade e mortalidade na população feminina. Além dos fatores de risco tradicionais como diabetes mellitus, hipertensão arterial, colesterol alto, dieta inadequada, tabagismo, obesidade e sedentarismo, existem os fatores de risco específicos da mulher: doenças autoimunes (artrite reumatóide, lúpus eritematoso sistêmico e psoríase), síndrome dos ovários policísticos, tratamento do câncer de mama, menopausa, depressão e ansiedade.

Não é surpresa que o exercício físico é um grande aliado na busca de saúde e longevidade, mas quando o assunto é saúde cardiovascular na mulher, a prática regular de atividades ganha um protagonismo fundamental devido aos inúmeros benefícios para o coração. Um estudo publicado no Journal of the American College of Cardiology (JACC - Jornal do Colégio Americano de Cardiologia, em tradução) aponta que mulheres que fazem exercícios físicos têm 24% menos chance de óbito por qualquer causa em comparação com as que não praticam.

“Há também um risco reduzido de 36% de ataque cardíaco fatal, acidente vascular cerebral ou outro evento cardiovascular, enquanto os homens têm um risco reduzido de 14%. O estudo concluiu que, mesmo quando mulheres e homens praticam a mesma quantidade de atividade física, o risco de morte prematura é menor para elas”, informa Dra. Cristina Milagre, cardiologista e médica do esporte do Hcor.
 

Entretanto, ainda existem alguns obstáculos que impedem a prática contínua de exercício físico das mulheres como, por exemplo, as barreiras econômicas, socioculturais e práticas. “É muito comum ouvirmos delas que não têm tempo, ou que não têm dinheiro, ou até mesmo que não confiam em algumas instalações por não se sentirem acolhidas e seguras. É importantíssimo que ocorram intervenções o quanto antes para mudarmos essa realidade” aponta.
 

Segundo a American Heart Association (AHA - Associação Americana do Coração, em tradução), são 8 os fatores essenciais para ter uma boa saúde cardiovascular: dieta equilibrada, atividade física, não tabagismo, índice de massa corporal, pressão arterial controlada, lipídios e glicemia dentro do normal e, por fim, saúde do sono. Porém, é preciso que as mulheres tenham cuidado com os fatores de risco não modificáveis.

“Durante a gravidez, os exercícios físicos podem neutralizar os fatores de risco cardiovasculares. Mulheres que se exercitam conforme o recomendado têm um risco 30% menor de desenvolver distúrbios hipertensivos da gravidez e apresentam um perfil de risco cardiovascular reduzido na perimenopausa. Já a menopausa apresenta um declínio nas concentrações de estrogênio, levando a adaptações cardiometabólicas negativas e aumentando o estado inflamatório. As atividades físicas revertem essas adaptações”, reforça a Dra. Cristina.

A receita para prevenir qualquer doença é uma rotina saudável e autocuidado. A maioria dos fatores de risco é modificável e está relacionado ao estilo de vida. A especialista alerta ainda que os exames de rotina anuais também são muito necessários para detectar previamente qualquer alteração.
 

Sobre o Hcor

O Hcor atua em mais de 50 especialidades médicas, entre elas Cardiologia, Oncologia, Neurologia e Ortopedia, além de oferecer um centro próprio de Medicina Diagnóstica. Possui Acreditação pela Joint Commission International (JCI) e diversas certificações nacionais e internacionais. Desde 2008, é parceiro do Ministério da Saúde no Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS), o que proporciona que seu impacto em saúde esteja presente em todas as regiões do país.
Instituição filantrópica, o Hcor iniciou suas atividades em 1976, tendo como mantenedora a centenária Associação Beneficente Síria, que também conduz projetos gratuitos de saúde para população em situação de vulnerabilidade. Além do escopo médico-assistencial, o hospital conta com um Instituto de Pesquisa, reconhecido internacionalmente, que coordena estudos clínicos multicêntricos com publicações nos mais conceituados periódicos científicos. Conjuntamente, capacita milhares de profissionais anualmente por meio do Hcor Academy com seus cursos de pós-graduação, cursos de atualização e programas de residência e aprimoramento médico.

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