A capital potiguar hoje é, infelizmente, campeã do Nordeste no ranking das capitais com o maior número de pacientes acima de 18 anos com depressão. Em 2023, Natal registrou um percentual de 13,2%, com 117 mil pessoas convivendo com o transtorno depressivo, segundo os dados da pesquisa Vigitel, do Ministério da Saúde. A realidade acende um alerta no Setembro Amarelo, mês de conscientização e prevenção ao suicídio.
De acordo com o psiquiatra Hugo Sailly, em 2022, Natal estava em 2º lugar neste ranking, perdendo apenas para Recife. Porém, desde 2023 a capital segue liderando a estatística. “É importante entender que existe o problema e, para isso, precisamos pensar em soluções. A depressão é o transtorno psiquiátrico com mais relação com o suicídio, então devemos prevenir e tratar mais rapidamente os pacientes com depressão e outras doenças psiquiátricas que podem chegar no suicídio”, comentou o psiquiatra.
Ainda segundo o doutor Hugo Sailly, o momento de buscar ajuda é quando os sintomas atrapalham frequentemente o dia a dia, com uma tristeza que não passa, falta de vontade e prazer em fazer coisas comuns, como curtir a família e amigos, além de ter os pensamentos cada vez mais negativos e pessimistas. A percepção da mudança de comportamento nas pessoas aumenta o alerta de que algo pode estar errado.
“Ir no psiquiatra ou psicólogo não deve fazer vergonha a ninguém, pois qualquer pessoa pode passar por um episódio depressivo. Atualmente temos tratamentos cada vez mais eficazes e seguros, como a Escetamina, que tem ação rápida, em poucos dias, melhorando os pensamentos suicidas rapidamente e prevenindo a piora da depressão e o suicídio. Mas poucas pessoas conhecem esse avanço tão importante na saúde mental”, alertou Sailly.
O Setembro Amarelo é uma campanha essencial para lembrar da necessidade de cuidar da saúde mental, pois com a ajuda profissional se torna mais fácil buscar uma melhora. Com os dados alarmantes, a internet tem favorecido uma aceitação nas pessoas a buscarem ajuda, atuando na diminuição da psicofobia, que é o medo e preconceito contra uma doença mental.
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